Para não enrolar

Além da Câmara, o Senado também preocupa a articulação política do governo. Na casa, estão duas das prioridades de Lula para os próximos dias: a reforma tributária e o programa Desenrola. O monitoramento do governo percebeu que, a exemplo de deputados, alguns senadores começam a demonstrar insatisfações.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) terá duas missões: cuidar das pendências e articular com o relator do Desenrola Brasil, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), antes do esgotamento do prazo da medida provisória, em 3 de outubro.

O difícil objetivo do governo é que o programa seja votado antes que a MP caduque, embora o Desenrola tramite como projeto de lei e já tenha passado pela Câmara.

Para além do Desenrola, o governo vem sofrendo derrotas na casa, como ocorreu com a desoneração da folha para 17 setores até 2027. O projeto passou na Câmara e voltou para a análise dos senadores, mas não há sinal de que o governo consiga reverter o resultado.

O outro ponto sensível nas mãos de Haddad é a reforma tributária. O ministro da Fazenda deverá fazer um périplo pelo Senado para encontrar não apenas o relator, Eduardo Braga (MDB-AM), mas outros aliados, para ajudá-lo a concluir um relatório que tenha maioria.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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