Militares saem em defesa de almirante delatado por Mauro Cid

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disse em delação que o ex-comandante da Marinha teria se manifestado favoravelmente a um golpe de Estado.

O almirante Almir Garnier Santos (foto), ex-comandante da Marinha, recebeu o apoio de colegas que se formaram com ele em 1976 na Escola Naval, publica a CNN Brasil. Em carta, o grupo afirmou “acreditar em sua inocência”.

Segundo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro submeteu a militares de alta patente uma minuta de decreto para dar um golpe de Estado.

Cid afirmou que Garnier, então comandante da Marinha, manifestou-se favoravelmente às intenções golpistas.

“As acusações contra o Almirante Garnier são lançadas aos ventos por estarem baseadas em assunto sob segredo de Justiça, o que torna impossível comprová-las ou, baseadas em assunto sob segredo de Justiça, contradizê-las”, dizem os militares na carta.

“Pior, os envolvidos são tolhidos de se manifestar pelo mesmo segredo conferido aos seus depoimentos, enquanto a desinformação grassa solta.”

Na carta que circula entre militares, o grupo afirma que não faz sentido supor que o almirante “tenha conseguido enganar a todos”.

“Supor que um almirante-de-esquadra que passou pelo escrutínio de seus pares ao longo de toda a sua carreira, tenha conseguido enganar a todos e mudar seu comportamento de forma tão dramática, não faz sentido. Afinal, pessoas raramente mudam de fato, mas se aperfeiçoam em ser o que sempre foram. Queres julgar alguém, mira-te no seu passado. Lá a verdade reside.”

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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