Enquanto extrema direita prega o boicote, come o chocolate escondida, assim como come outras tantas coisas
Bolsonaristas e integrantes da extrema direita brasileira lançaram um movimento, no início da semana, para boicotar uma marca de chocolates.
O chamado “hate” começou após a marca contratar o youtuber Felipe Neto, famoso por seu posicionamento contrário a Bolsonaro, para se tornar o seu novo garoto-propaganda.
Pela hashtag “bisnuncamais” no X, o antigo Twitter, os internautas anunciaram que nunca mais comeriam o produto e convocaram o público a adotar a mesma medida.
Alguns chegaram a publicar vídeos consumindo o produto concorrente. Quando descobriram que a marca já havia feito uma campanha de apoio à comunidade LGBTQIAPN+, apagaram o conteúdo e incluíram o produto na lista de vetos.
Mesmo com o movimento, as ações da Lacta apresentaram alta, um sinal de que, enquanto pregavam o boicote, os conservadores comiam o chocolate escondido, assim como comem outras tantas coisas.
Marqueteiros se surpreenderam com o movimento. A marca sempre deu sinais de que é progressista, com slogans como “não dá para comer só um” e “quem come um pede Bis”, típicos da “esquerda surubeira”.
Para dar prejuízo às empresas com ideais pouco conservadores, a extrema direita lançou uma relação de chocolates que devem ser boicotados.
Por apresentar as mesmas cores usadas pelo comunismo, a marca Suflair está no topo da lista. Afinal, como dizem os patriotas, “nossa bandeira nunca será vermelha”.
O chocolate Garoto também entrou para a lista de boicote porque, segundo os mais conservadores, comer criancinha é coisa de comunista.
Mesmo após a sua falência, a marca Pan também foi vetada pelos conservadores, pois “pan” é uma orientação sexual de quem só comete pecado.
Por ser uma homenagem a um cantor irlandês comunista, o biscoito Bono também foi proibido pelos conservadores.
A marca de chocolate Laka foi proibida porque, segundo a direita, lembra o nome da cachorra enviada ao espaço pela União Soviética.
O bombom Caribe também deve ser evitado porque, além de ser horrível, remete ao mar que banha Cuba e Venezuela. Assim como a marca Havanna.
Os chocolates Batom foram vetados porque, depois do Batom, o menino vai querer usar blusa cropped, nécessaire e sair beijando outros meninos.
Em breve voltamos aqui com as novas marcas boicotadas.