Não está garantida a permanência do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT), no governo caso Lula mexa no time nos primeiros meses de 2024. O fato foi noticiado pelo Bastidor.
O ministro é alvo de reclamações do próprio partido, do Centrão e do PT. Lideranças relataram à articulação política dificuldades de conseguir agenda com Fávaro e demora na liberação de verbas.
Parlamentares da base aliada acusam o ministro de favorecer seu reduto eleitoral, o Mato Grosso, na liberação de emendas que deveriam ser empenhadas a partir do direcionamento de deputados e senadores.
Ele chegou a direcionar 127 milhões de reais em emendas para sete cidades de Mato Grosso.
O ministro sabe das queixas das quais é alvo e, ao se licenciar para votar no Senado a favor da indicação de Flávio Dino no STF, ajudou a derrotar o governo na desoneração da folha de pagamento.
O projeto ganhou uma emenda que incluiu municípios no texto. O trecho foi acrescentado por Ângelo Coronel (PSD-BA), do mesmo partido de Fávaro e um dos insatisfeitos com o ministro.
Na reforma ministerial de Lula, se depender da maioria da bancada do PSD no Senado, o partido ficaria com a Saúde sob o comando de Otto Alencar. Fávaro voltaria ao Congresso.