Além de contestarem o conteúdo da Medida Provisória que reonera a folha de pagamentos de 17 setores, parlamentares criticaram a forma como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez o anúncio.
O petista não negociou com lideranças do Congresso e passou a marcar agendas para tratar do assunto somente após a entrevista coletiva.
Haddad já havia prometido uma alternativa ao projeto de lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamentos, mas até aliados, como mostrou o Bastidor, reconheceram que o ministro demorou demais e que, agora, a MP deve sair mais cara do que se imaginava.
As críticas a Haddad ocorrem em meio a uma disputa de narrativas entre a equipe econômica e a articulação política do governo Lula.
Como a MP pegou muita liderança de surpresa, senadores já defendem a devolução do texto ao Executivo sem apreciação do Congresso.
A articulação política já esperava a reação e vai culpar Haddad caso a MP fracasse.