Blogorgasmos

As mulheres, só elas, quando malhadoras, têm um negócio chamado coreorgasmo quando agitam e contorcem em flexões do core, abdome, com ou sem aparelhos de ginástica, vibradores ou não, dentro e fora das academias. Homens também, mas nunca na academia, pois lhes falta o conseguinte e a pachorra de se esfregar nos pesos, ainda que vibratórios, porque o core masculino nem de longe atinge com eles sua zona mais erógena. Os homens podem alcançar orgasmos em qualquer outra atividade, no sexo hetero, homo, poli, metro ou de outro de tantos prefixos. Os homens, estrito senso, ou de outro senso, podem atingir o orgasmo na excitação pelo trabalho, qualquer trabalho.

O editor do Insulto tem blogorgasmos múltiplos ao desancar políticos, de quaisquer filiações, sexuais ou partidárias, pois deles não tolera a hipocrisia e a dissimulação. Abrimos exceção nos blogorgasmos ao poupar mulheres como Joyce Hasselmann, Gleise Hoffmann, Carla Zambelli, Micheque, no espectro pluralista que alcança Marina Silva, sonho não realizado de consumo do ex-deputado petista de Londrina. Essas mulheres merecem indulgência plenária porque, ainda que com os mesmos cacoetes, cativam pelo recôndito e eterno feminino, que oblitera a repulsa visceral provocada pelos homens da política. Nelas a atração sensual fala mais forte que a dissimulação e a hipocrisia de seu ambiente.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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