No início da tarde de quarta-feira (24), quando a sessão do Congresso Nacional ainda estava mantida para análise dos vetos do presidente Lula, as negociações caminhavam para haver somente votação do que envolvesse orçamento e LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
O anúncio de adiamento feito por Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se deu, principalmente, pelo risco real de deputados e senadores derrubarem o veto de Lula no que diz respeito à criação de um cronograma para empenho e pagamento de emendas parlamentares.
O calendário, que foi aprovado pelo Congresso na LDO, evitaria que o governo privilegiasse aliados na distribuição de emendas em ano eleitoral. Com o veto, a articulação política combinou que os pagamentos, mesmo sem um cronograma estabelecido, seriam feitos normalmente.
O acerto tratava de liberação dos recursos na casa dos 11 bilhões de reais até abril. Não foi o que ocorreu. Até o momento, o governo pagou algo em torno de 5,5 bilhões.
O cancelamento da sessão foi acordado para que, até a segunda semana de maio, o Palácio do Planalto consiga cumprir a promessa e evitar a derrubada de outros vetos: os que tratas das emendas de comissão e do PL das Saidinhas.