Todo dia é dia de poeta

Vitral

Foi preciso, meu querido Gaughin,
um Cristo amarelo cristalino
para que Jacó visse ainda menino
a profissão do breve enquanto Van
Gogh corta. Vacas no bebedouro
não aqui, mas acolá, no matadouro.
Foi preciso teu precário estar
pra estares em ti, pois foras buscar
todas as cores que, apesar de em ti,
pensaras encontrar em Taiti.

Antonio Thadeu Wojciechowski,
do livro Cri-me.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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