Hitchcock Blonde

“Hitchcock Blonde”, do dramaturgo britânico Terry Johnson, não é exatamente uma peça sobre o célebre Alfred Hitchcock, mas ele poderá fazer uma participação como sempre faz em seus filmes. A peça fala sobre desejo e perversão, ambição e a obsessão de um cineasta por atrizes com cabelo platinum blonde . O texto teve sua estréia no Royal Court Theatre de Londres em 2003 e recebeu indicação ao prêmio Olivier por sua dramaturgia. Esta é a primeira apresentação de “Hitchcock Blonde” de Johnson no Brasil.

A história alterna entre 1999 e 1959. Em 99, o professor de cinema Alex (Edson Bueno) e a aluna Nicola (Rafaella Marques) viajam até a Grécia para desvendar o mistério de uma lata de película que pode conter uma obra perdida da filmografia de Hitchcock. Em 59, durante as filmagens de Psicose, uma aspirante a atriz de cabelos blonde (Michelle Pucci) e dublê de corpo de Janet Leigh leva Alfred Hitchcock para dentro de uma trama de loucura e assassinato, enquanto que o cineasta se delicia em sua perversão por atrizes de cabelos claros.

A montagem é uma realização da Vigor Mortis , companhia produtora dos sucessos “Morgue Story” (Troféu Gralha Azul de Melhor espetáculo de 2004) e “Graphic”(Troféu Gralha Azul de Melhor Espetáculo de 2006 e indicada ao Prêmio Shell de Autor). “Hitchcock Blonde” foi traduzida e dirigida por Paulo Biscaia Filho, diretor da Vigor Mortis, que mais uma vez mantém sua linha de pesquisa cênica em transdisciplinaridade de linguagens entre teatro e cinema usando projeções em plena organicidade com a dramaturgia. Esta mescla de elementos promete agradar tanto os amantes de teatro como os de cinema.

Ficha técnica:
texto: Terry Johnson

Tradução, direção e vídeos: Paulo Biscaia Filho
Elenco: Edson Bueno (Alex), Rafaella Marques (Nicola), Chico Nogueira (Hitchcock), Michelle Pucci (Blonde), Marco Novack (Marido) e
Mariana Zanette (a primeira Blonde)
Sonoplastia: Marco Novack e
Paulo Biscaia Filho
Iluminação: Wagner Correa
Cenário: Guilherme Sant’ana
Figurinos: Mariana Zanette
Adereços: Aorélio Domingues

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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