Pratas da casa em cena

Os psicólogos não choram. Foto de Chico Nogueira.

Bolacha Maria – Foto de Alessandra Haro.

Com 251 peças em sua programação, o Fringe (mostra paralela) da 17.ª edição do Festival de Curitiba traz em sua programação boas surpresas vindas dos mais diversos estados brasileiros, entre eles Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Minas Gerais e Bahia. Porém, além de conferir o que é produzido em outras regiões do país, também vale aproveitar o festival para conhecer um pouco mais sobre a cena teatral curitibana.

Uma boa alternativa é conferir os espetáculos que integram a segunda edição da Mostra Novos Repertórios, que reúne as mais recentes montagens de quatro companhias pertencentes ao vasto mosaico da jovem produção cênica local. A começar por Bolacha Maria – Um Punhado de Neve Que Restou da Tempestade, espetáculo da Armadilha Cia. de Teatro, que, após uma curta-temporada no Teatro José Maria Santos, no início deste mês, volta ao cartaz no Fringe. Com direção de Nadja Naira (Os Leões), a peça foi construída coletivamente pelos integrantes do grupo, a partir de trechos pinçados dos sete livros do escritos Manoel Carlos Karam.

Na mesma mostra, estão em cartaz os espetáculos Henfil, Já! – do grupo teatral Cambutadefedapata!/Pausa Cia, que, sob a direção de Nena Inoue, homenageia o cartunista brasileiro a partir de suas correspondências e desenhos –, Instantâneos de Tempo em Tempo, da Cia. Provisória e Jesus Vem de Hannover, da
Cia. Silenciosa.

Outro destaque é a comédia nonsense Os Psicológos não Choram, com texto e direção de Enéas Lour, e interpretação do atores Ranieri Gonzalez, Gilda Elisa e Enéas Lour. Inspirada no teatro do absurdo, a peça propõe uma brincadeira metalingüística ao espectador, ao abordar o conflito entre um psicólogo, uma paciente e sua esposa.

Baseada no livro homônimo de João Gilberto Noll, Mínimos Múltiplos Comuns, do grupo Todomundonu, reúne 40 esquetes com personagens extraídos do universo do escritor gaúcho. O texto é uma adaptação feita pelo diretor do espetáculo, Alexandre Bonin, um dos realizadores do Grupo de Encenação e Pesquisa Pé no Palco.

Para os fãs de samba que ainda não assistiram ao espetáculo curitibano Noël, que estreou há quase dois anos, o próximo final de semana será reservado ao Fringe. Concebido por Márcio Juliano, com direção de Márcio Abreu e Sérgio Albach, o musical faz um passeio pela obra do sambista carioca Noel Rosa (1910 – 1937). No elenco, estão os músicos Gabriel Schwartz (percussionista e flautista do Trio Quintina), o violinista Ale Age, o pianista Marcelo Torrone (Wandula), o clarinetista Sérgio Albach e o cantor e ator Márcio Juliano, idealizador do projeto. Durante as apresentações no festival, o show contará com participação especial da atriz curitibana Letícia Sabatella.

Gazeta do Povo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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