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Nesta nova coletânea, sensivelmente ilustrada por Jayro Schmidt, temos uma seleta de dez contos de Laus, cuja narrativa revela um homem apaixonado pelas letras, autor que se derrama em estilo e dicção, como neste final de As horas de Zenão das Chagas, abordando a louca relação de um homem solitário com suas dezenas de relógios, marcadores do tempo, em vários estilos e tecnologia, mas sempre com dois ponteiros:
“Neste momento, para as pessoas que retornam do trabalho a suas casas, o grande relógio da igreja anuncia às seis horas: sobre o corpo de Zenão das Chagas desperta o mais antigo relógio da estante, inutilmente, porque, para ele, o tempo já desfez todos os elos.”
Edição especial com 501 exemplares numerados e assinados pelo ilustrador e pelo editor. Miolo com papel Pólen Bold, 90 gr e sobrecapa com
papel especial, 170 gr. Toninho Vaz, de Santa Teresa.