Jaguar: “Cartum está em extinção”

São Paulo – O cartum, aquele trabalho que retrata os costumes da época, está condenado à extinção. É o que teme Jaguar, um dos fundadores do Pasquim, além de ser um dos papas do gênero no Brasil. “Hoje em dia, as pessoas estão mais interessadas em histórias em quadrinhos e deixando o cartum de lado”, comenta ele, que posicionado na frente da batalha participa hoje de um debate sobre o mercado de humor no Brasil, em São Paulo. Além da conversa, que vai tratar também das inovações do gênero (humor comportamental e político) e das diferenças entre charge, cartum e caricatura, Jaguar participa do lançamento de uma série de obras que têm a sua coordenação – desde o ano passado, ele é o editor de humor da editora Desiderata, retomando uma função da qual estava afastado desde a extinção da Codecri.

Assim, ao seu lado, estarão Gustal (que vai lançar Dicionário dos Sexos) e Allan Sieber (Assim Rasteja a Humanidade). A fornada se completa com Ministério de Perguntas Cretinas, de Millôr Fernandes; com a ironia em dose dupla de Nani (Humor de Bar e Humor 100% Sexual); e, finalmente, com o relançamento de Um Riso em Decúbito, livro de 1961 que reúne as melhores frases de Dom Rossé Cavaca.

Segundo Jaguar, há dois tipos de cartunistas: os politicamente corretos e os muito pelo contrário. “Os politicamente incorretos – se forem eticamente escrachados, melhor ainda – são os meus preferidos”, escreve. Agência Estado [13/03/2007]

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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