Santiago disse a Coletiva.net que não autorizou a publicação por discordar da linha editorial da revista. “Acho a Veja muito adjetiva e não acho correto usar tantos adjetivos numa revista informativa. Acaba sendo muito tendencioso”, explica. Para protestar, o cartunista está redigindo uma carta para a revista: “Espero que publiquem, porque normalmente só saem as cartas elogiosas”, critica.
Para Santiago, o editorial soa como “uma confissão de culpa da tendenciosidade da Veja e como um pedido de desculpas aos leitores que percebem isso”. O chargista classifica a postura como um avanço da mídia nacional. “É bom que a mídia faça uma autocrítica, o problema da mídia brasileira é que ela nunca enxerga as próprias falhas”, falou. O editorial da revista ainda afirma que a charge é apenas uma piada e que não deve ser levada a sério. Santiago pontua diferente: concorda que a charge é uma piada, mas sobre um tema sério, e alerta: “É para rir num primeiro momento e refletir num segundo momento. Esse é o intuito do cartunista e eu espero que os leitores também entendam o trabalho dessa forma”.
IMPRENSA Segunda-feira, 30 de Outubro de 2006 14:30