Lauzier – Cinco brasileiras inesquecíveis

Terceiro capítulo das aventuras romântica do cartunista Lauzier no Brasil. Em fevereiro de 1970, a revista Realidade publicou seis páginas de Gerard Lauzier, onde o cartunista francês recordava cinco episódios românticos dos oito anos em que viveu no Brasil. Para quem ainda não conhece, Gérard Lauzier nasceu em Marselha. Depois de uma passagem pela Escola de Belas Artes de Paris, partiu para o Brasil, onde viveu de 1966 a 1964. De novo em Paris, em 1965, tornou-se o principal chargista da revista Paris-Match, até 1974, ano em que começou a se dedicar aos quadrinhos. A partir de 1978 repartiu seu talento entre o teatro e o cinema, como autor, diretor, cenógrafo e realizador. Em 1983, Lauzier criou a personagem Michel Choupon, um revoltado contra a sociedade em decadência, que tenta desesperadamente viver sem entraves e se divertir sem tempos mortos. O humor feroz de Lauzier faz maravilhas: é uma análise dos anos 70 feita a bisturi. Em 1991, com “Mon père”, herói interpretado por Gerard Depardieu e Marie Gillain, Lauzier pinta com humor e ternura aquilo que o toca infinitamente: as relações movimentadas de um pai com sua filha. O filme é um sucesso. Em 1993, no 20º Salão Internacional de Quadrinhos, Lauzier ganhou o “Grand Prix de la Ville d’Angoulême”, pela Academie des Grands Prix. (Dante Mendonça)

1 – Em São Paulo uma moça me convidou a ver na televisão um match do Santos. No princípio ela não me deu bola…
2 – Resolvi atacar, mas ela era forte no
“drible”.
3 –
Cometi umas faltas, sancionadas por vários “ pênaltys”, “corners” etc…
4 – Não desanimei! Continuei firme na marcação…
em vão!
5 –
Quando num ataque fulgurante o Pelé penetrou na área adversa… o suspense era de arrepiar!
6 – A emoção culminou com o gol de Pelé! O Pelé marcou sete vezes! Foi uma noite maravilhosa! Agora vou contar! Bola na rede em São Paulo
só sendo Pelé mesmo!
(Balão)
GOOOOOOOOOOOL DO PELÉ!

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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