A Advogada e o Surdo-Mudo

Um chefão da Máfia descobriu que seu contador havia desviado dez milhões de dólares do caixa. O contador era surdo-mudo. Por isto fora admitido, pois nada poderia ouvir e, em caso de um eventual processo, não poderia depor como testemunha. Quando o chefão foi dar um arrocho nele sobre os US$10 milhões, levou junto sua advogada, que sabia a linguagem de sinais dos surdos-mudos.

O chefão perguntou ao contador:

— Onde estão os U$10 milhões que você levou?
A advogada, usando a linguagem dos sinais, transmitiu a pergunta ao contador, que logo respondeu (em sinais):
— Eu não sei do que vocês estão falando. A advogada traduziu para o chefão:
Ele disse não saber do que se trata. O mafioso sacou uma pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando:
— Pergunte a ele de novo. A advogada, sinalizando, disse ao infeliz
— Ele vai te matar se você não contar onde está o dinheiro. O contador sinalizou em resposta:
— OK, vocês venceram, o dinheiro está numa valise marrom de couro, que está enterrada no quintal da casa de meu primo Enzo, no n. 400, da Rua 26, quadra 8, no bairro Santa Marta! O mafioso perguntou para advogada:
— O que ele disse? A advogada respondeu:
— Ele disse que não tem medo de viado e que você não é macho o bastante para puxar o gatilho…

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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