O governo, como mostrou o Bastidor, optou por resgatar programas lançados nos primeiros anos de Lula no poder. O maior exemplo foi a retomada do Bolsa Família e a promessa de relançamento do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Marcado por obras paradas e denúncias de corrupção, o programa só não ganhou um novo nome porque as sugestões apresentadas pela Secom (Secretaria de Comunicação) não agradaram a Lula.
No segundo semestre, a missão do chefe da Secom, Paulo Pimenta, é consolidar uma marca. A aposta do ministro que será levada ao presidente é o tema da sustentabilidade e da transição energética. “É o assunto central do protagonismo desse governo no Brasil e no exterior. Não há uma mesa no mundo que discuta meio ambiente sem que o Brasil seja protagonista”, tem repetido Pimenta a interlocutores.
Não será fácil unificar o discurso, admite um petista ao Bastidor. Isso porque ministros do PT classificam o governo Lula como uma gestão de “profundas contradições” e de “opiniões muito distintas sobre questões estratégicas”.
Nos próximos meses, Lula terá que arbitrar na disputa que antagoniza a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre a exploração de petróleo na margem equatorial do Amazonas. “Será uma boa oportunidade para descobrir qual será o rumo do governo”, afirmou um integrante do governo.