A Dor de todos


Centenas de pessoas acompanharam indignadas o sepultamento do pequeno João. Choro, tristeza, indignação. Quem não se sente chocado, impossibilitado, com medo de viver e de andar pelas ruas do Rio de Janeiro ao ouvir a triste história do pequeno João Hélio Fernandes?. O carro da família foi roubado, por volta de 21h, na noite de quarta-feira, 07, na Avenida João Vicente, em Oswaldo Cruz. Por 10 minutos seu corpo foi arrastado, preso ao cinto de segurança. Morreu indefeso, vítima da covardia de bandidos.

Com apenas seis anos, João não conseguiu se libertar do cinto de segurança e ficou pendurado do lado de fora do veículo. Os assaltantes arrancaram com o carro em alta velocidade. Por aproximadamente sete quilômetros, o menino teve seu corpo lesado, sendo arrastado por quatro bairros: Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura.

Logo depois do assalto, um casal que estava dentro de um carro e viu a cena, tentaram em vão avisar aos bandidos o ocorrido. Buzinaram, gritaram, acenderam os faróis e nada. Pelo contrário, a atitude dos bandidos foi de agir covardemente e dirigir em ziguezague para se livrar do corpo de João, demonstrando que o sentido da vida, está totalmente banalizado e esquecido.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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