A Esperança É A Última Que Morre – Premeditando o Breque – Premê

Me lembro uma vez numa tarde
Quando ela falou, falou, falou
Que meu QI era baixo
Que eu não tinha estudo
Ela me desprezou, prezou

Lembro também nessa tarde
Que ela reforçou, forçou, forçou
Que esse negócio de duro
Não dava futuro
Ela me dispensou

Me lembro uma vez numa tarde
Quando ela falou, falou, falou
Que meu QI era baixo
Que eu não tinha estudo
Ela me desprezou, prezou

Lembro também nessa tarde
Que ela reforçou, forçou, forçou
Que esse negócio de duro
Não dava futuro
Ela me dispensou

Me pus trabaiá feito um burro
Entrei prum curso superior
Deixei meu vidão
Só por ela me formei doutô
Correndo ela eu fui procurar
Achando que eu tava com pique
Mas quando eu sondei tua vida
Ela tava metida, veja se pode
Na vida de um hippie

Mái não dei por vencido
Nem considerei derrota
Dando uma vorta por cima
Tirei num momento
Essa pedra da bota

Queimei meu deploma no fogo
Dinheiro eu doei pro orfanato
Sabendo onde tava o tesouro
Mexendo com couro
Aprendi artesanato
Tornei procurar minha musa
Levando uma bolsa e um broche
Mas quando eu sondei sua vida
Ela tava metida
Com um gringo bacana lá em Bariloche


Desgraçada, marquiavélica, pionheta,
fio duma égua

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Uma resposta a A Esperança É A Última Que Morre – Premeditando o Breque – Premê

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.