QUANDO da separação só faltou os amigos soltarem foguete. Era uma tortura conviver com os dois, nem tanto por ela, mais por ele. O cara, machão e castrador, oprimia e humilhava a mulher em público, criava constrangimento e revolta. Ninguém mais os convidava e fazia de tudo para desviar dos convites deles. Separados, ele no arquivo morto, ela (auto) ativada, não tinha mais tempo para tanto compromisso.
Um dia, parecia coisa combinada, começaram a lembrar dele, o quanto era interessante, alegre, inteligente, com senso de humor. Ela ficou chata, exibicionista, inventou-se atributos novos, inéditos, deu de falar de política, publicar fotos com quem não queria aparecer, entregar o que os outros queriam esconder, uma boquirrota de salão. Daí até os convites inverterem foi um passo, ele o arquivo reativado, ela, o morto.
Os amigos, agora perto dele e longe dela, lembraram que entre marido e mulher ninguém mete a colher. Mas a faca sempre ajuda.
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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