A cidade de Rolândia, no norte do Paraná, andou ficando famosa recentemente por causa de uma exposição de estátuas de cera em que o autor além de não alcançar semelhança alguma com as personalidades que pretendeu retratar, na maioria delas ainda chegou a um efeito grotesco. As obras são inspiradas no Museu Madame Tussauds, mas ao contrário do famoso museu de Londres, em Rolândia fica difícil saber quem é quem entre os homenageados.
O autor é o empresário do ramo imobiliário Arlindo Armacollo, que confecciona as peças há pelo menos 20 anos, mantidas em exposição em um museu de sua propriedade na cidade paranaense. É uma grande quantidade de estátuas de personalidades como Gandhi, Charles Chaplin, Ayrton Senna, Einstein, Hebe Camargo, Princesa Diana, Rainha Elizabeth II, Zilda Arns e muitas outras figuras conhecidas, todas com o problema de que já falei e que muitos já devem saber, porque o assunto é bastante comentado na internet: o resultado é tão amadorístico que as imagens caíram na infernal zoação das redes sociais, transformadas em memes destruidores.
Ninguém sabe onde começou o compartilhamento recente das imagens nas redes sociais, que vem de uma matéria antiga no Youtube, de 2015, publicada por um jornal do norte do Paraná. A matéria do jornal Folha de Londrina não aponta as incongruências entre as estátuas e os homenageados. A bizarra exposição é tratada a sério.
O amadorismo das estátuas virou objeto de gozação há alguns dias, tendo viralizado nas redes sociais. Alcançado pela duvidosa fama, Arlindo Armacollo ainda tenta amenizar o constrangimento, afirmando que não se importa com os memes. “Não estou nem aí, serviu de divulgação”, ele disse nesta semana a um site.
Pois o autor das agora famosas estátuas de cera de Rolândia que se prepare, pois sua fama já está ficando internacional. Hoje o jornal britânico The Guardian tratou do assunto, claro que abrindo a matéria com uma foto da estátua da Rainha Elizabeth II e trazendo também a Princesa Diana, as duas, por sinal, exemplos do que há de pior em matéria de semelhanças no museu. O jornal britânico identifica o material como “Brazilian horror story”, que evidentemente nem é preciso traduzir.