A indicação de Marcio Pochmann para o IBGE, feita à revelia da ministra do Planejamento, Simone Tebet, tem sido usada por petistas como pretexto para criticar a própria ministra.
Não é a primeira vez que o PT tenta fritar Tebet, isso acontece desde a transição de governo. A ministra foi uma das últimas confirmadas por Lula, mesmo após seu apoio ao presidente ter sido decisivo no segundo turno da eleição de 2022.
O que desagradou desta vez alguns integrantes do partido foi a reação de Tebet à confirmação de Pochmann para o cargo, nesta quinta-feira (27). Mesmo após o anúncio feito na quarta-feira (26) pelo ministro da Secom, Paulo Pimenta, Tebet ligou para Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para confirmar o que já havia sido publicizado.
Os petistas consideram ainda que Tebet deveria ter defendido publicamente a escolha de Pochmann, um economista bastante criticado fora do PT. Acreditam nisso, apesar de a ministra ter tido de aceitar uma nomeação de fora, para um órgão ligado ao seu ministério.
O episódio reacendeu a oposição à ministra, vinda especialmente das alas petistas mais à esquerda. Apesar de ter uma boa relação e o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tebet é tida como “liberal demais” por esses setores, que guardam mágoa desde o impeachment de Dilma Rousseff em 2016, que Tebet apoiou.
Com Lula, como mostrou o Bastidor, a ministra só teve uma reunião nesses primeiros meses de governo. As demais que participou foi acompanhada de outros ministros. A deputada federal Gleisi Hoffmann, por exemplo, foi recebida mais vezes .