As negociações entre o atual prefeito e o partido de Jair Bolsonaro caminhavam para que o ex-presidente indicasse o vice na chapa. O Bastidor chegou a adiantar dois cotados: Fabio Wajngarten e o senador Marcos Pontes.
Nos últimos dias, no entanto, os bolsonaristas do PL notaram um afastamento de Nunes e foram às redes sociais cobrar do prefeito um posicionamento firme em favor da aliança.
O recuo de Nunes teve a ver com pesquisa Datafolha que mostrou que 68% dos entrevistados não votariam “de jeito nenhum” em candidato indicado por Bolsonaro. Segundo o instituto, só 13% votariam “com certeza”.
O movimento de Nunes e a resistência de alas do PL em apoiá-lo, como mostrou o Bastidor, pode resultar em uma candidatura própria do partido.
A disputa interna vai opor novamente Ricardo Salles, que já teve o apoio de Bolsonaro e filhos para a disputa, e Fabio Wajngarten, advogado e homem de confiança do ex-presidente.
Salles e Wajngarten já foram próximos, mas se afastaram após desavenças políticas. O advogado atuou junto a Bolsonaro para que o ex-presidente desistisse de apoiar Salles. A justificativa é que é alta a probabilidade de Guilherme Boulos (PSOL) ser eleito e, diante do risco, é preciso uma candidatura considerada de centro.