A liberdade é azul

Desenho de Leila Pugnaloni.

Podes partir, meu bem – disse o homem. Eu te liberto. Clamavas por proteção, eis o castelo que te construí. Viciada em amor, dei-te a alma. Querias te ensimesmar, botei Tom Waits para cantar. E quando me parecias infensa ao tempo, chamei O Homem Tic-Tac para te divertir. Querias Curitiba, apresentei-te um desenho da Leila, um haikai da Alice. Desejavas a síntese, desculpei-me, Quem sou eu? – falei do Nepal, de Henry Moore e do Leminski. Agora tens que ir. Até sempre, amor. Até lá, para onde o azul do céu te levar

Abriu a porta da gaiola e, em lágrimas, soprou, Voa, voa.

Almir Feijó.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

3 respostas a A liberdade é azul

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.