A loteria do Ratinho

Ratinho acha que não é papel do Estado ter uma empresa estratégica de energia. Também acha que água limpa e esgoto podem ficar na mão de empresas privadas. Internet pública, para ele, é heresia. Mas loteria? Aí sim estamos falando de uma função essencial do governo.

Fosse apenas uma bobagem, vá lá. Mas a criação da loteria paranaense, conforme mostrou a repórter Angieli Maros, está cercada de confusão. E não, não estamos falando daquelas confusões tipo Sessão da Tarde (“Dois rapazes encontram uma tremenda gata e vivem grandes confusões!”).

A confusão é saber se a coisa foi feita dentro da lei. E lendo a reportagem da Angieli (ou o relatório do TC), a impressão é de que dificilmente a resposta será positiva. Tudo foi feito naquela zona cinzenta da legalidade, da formulação do edital até a escolha da única empresa que, estranhamente, passou pelo crivo imposto pelo governo.

Plural

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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