TEM HORA que dá vontade de imitar os bolsomínios e acampar com faixas e tochas em frente aos tribunais, como eles fizeram com o STF. Agora, como lhes convém, não fazem o mesmo com o STJ, cujo presidente concedeu prisão domiciliar para Protógenes Queiroz (preso numa Lava Jato séria ele entregaria a contabilidade da rachadinha).
O presidente do STJ, João Otávio de Noronha, na unânime reclamação de seus pares, deu também prisão domiciliar para a mulher de Queiroz, foragida como ele. Decisão grave, teratológica, como dizem os juízes quando a decisão contraria a lei e a jurisprudência. Não que os ministros devam ser militantes, compadres, parciais.
Mas o presidente negou prisão domiciliar a presos em risco de vida e concedeu à mulher de Queiroz pelo risco de ele ficar sem mulher. Há decisões de juízes que, em nome da independência e de lealdades inexplicáveis, escarram no senso de justiça. Essa mulher do Queiroz deve bater um bolão nas quatro linhas da cama.