Governo quis uma trégua

A CPMI do 8 de janeiro, que terá seu relatório lido nesta terça-feira (17), não teria saído do papel se dependesse do governo Lula.

Antes dos bolsonaristas protocolarem um pedido para a abertura da comissão, deputados do PT e senadores da base aliada começaram a colher assinaturas para abertura de uma CPI que investigasse os ataques às sedes dos três poderes.

O governo, no entanto, barrou a iniciativa ao argumentar que uma CPI no início da gestão Lula tiraria o foco do que deveria ser priorizado.

Como as investigações chegariam no ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo um petista disse ao Bastidor, foi também uma tentativa de Lula sinalizar a Bolsonaro de que não haveria perseguição no seu governo.

“Ou Bolsonaro não entendeu ou achou que a CPI encabeçada pela oposição atingiria o governo”, acrescentou o petista.

Deputados e senadores bolsonaristas conseguiram as assinaturas para a CPMI e, apesar da resistência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a comissão foi aberta.

O Palácio do Planalto, que não queria a CPMI, conseguiu ser maioria e hoje apresenta, com a relatora Eliziane Gama (PSD-MA), o relatório final, que deve ser votado na quarta-feira (18).

A oposição apresentará um relatório paralelo, mas não tem votos para aprova-lo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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