A CPMI do 8 de janeiro, que terá seu relatório lido nesta terça-feira (17), não teria saído do papel se dependesse do governo Lula.
Antes dos bolsonaristas protocolarem um pedido para a abertura da comissão, deputados do PT e senadores da base aliada começaram a colher assinaturas para abertura de uma CPI que investigasse os ataques às sedes dos três poderes.
O governo, no entanto, barrou a iniciativa ao argumentar que uma CPI no início da gestão Lula tiraria o foco do que deveria ser priorizado.
Como as investigações chegariam no ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo um petista disse ao Bastidor, foi também uma tentativa de Lula sinalizar a Bolsonaro de que não haveria perseguição no seu governo.
“Ou Bolsonaro não entendeu ou achou que a CPI encabeçada pela oposição atingiria o governo”, acrescentou o petista.
Deputados e senadores bolsonaristas conseguiram as assinaturas para a CPMI e, apesar da resistência do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a comissão foi aberta.
O Palácio do Planalto, que não queria a CPMI, conseguiu ser maioria e hoje apresenta, com a relatora Eliziane Gama (PSD-MA), o relatório final, que deve ser votado na quarta-feira (18).
A oposição apresentará um relatório paralelo, mas não tem votos para aprova-lo.