Vem aí profundas alterações constitucionais. Alguns juristas dizem que são mutações constitucionais.
Mutações são alterações na Constituição, sem que nos apercebamos. Um exemplo, fácil de entender, é do parente que vem passar apenas um final de semana em sua casa e acaba ficando por uma década.
O major Parsifal comanda o processo desta nova Constituinte, ele é um homem de grande sapiência e de alto valor.
Parsifal entende que a vontade do povo está plenamente de acordo, basta consultarmos as redes sociais.
O major é casado com a distinta Filó. Eles creem na refundação da República, parecida com aquela que Deodoro implantou após a monarquia.
Aliás pensam em varrer as inverdades que foram contadas pelos livros de história sobre alguns amiguinhos do “Fal”, como é chamado carinhosamente por seus filhos, que são a cara do pai, esculpidos e encarnados.
Neste momento, sua esposa Filó está em Miami fazendo comprinhas de Natal, mas já recebeu um “zapzap” avisando-a das novidades.
Filó nasceu num pequeno município que poderá ser extinto, mas seguirá em frente, se acostumará com a nova cidade que até pode mudar de nome para Filó City.
O “Fal” está preocupado com as reações populares, mas nada que um velho e bom AI 5 não resolva. Depois é claro, algumas manifestações nas redes sociais e estará tudo resolvido.
Enquanto isso, o Supremo Tribunal Federal, que o ex-ministro Sepúlveda Pertence chama de onze ilhas isoladas, aguarda o recesso do fim de ano para as merecidas férias.
O povo se manifestar é apenas um detalhe, a previdência que o diga, mais de 75 milhões de afetados e ninguém foi consultado e nem será.
Os bancos homenageiam Parsifal neste Natal. O Futebol, os feriados do fim de ano e o Carnaval resolverão isto tudo.