A responsabilidade da concessionária de rodovia

As concessionárias de serviços rodoviários, nas suas relações com o usuário, subordinam-se aos preceitos do Código de Defesa do Consumidor, e respondem objetivamente pelos defeitos na prestação do serviço.

Manifestou-se o Superior Tribunal de Justiça – STJ em um caso que envolveu o atropelamento fatal de uma menor em trecho de rodovia administrado por concessionária.

Para os julgadores, a responsabilidade civil pode se estender para reparar danos causados a usuários e não usuários do serviço.

O julgamento entendeu que na indenização decorrente do atropelamento, a turma julgadora entendeu ser devida a reparação para a família da vítima, embora esta não se enquadrasse no conceito de usuário principal do serviço.

Nessas situações, quando é comprovado que o acidente não ocorreu por culpa exclusiva da vítima, surge a obrigação de indenizar o terceiro.

Os ministros da quarta turma do STJ concluíram que a falta de sinalização e iluminação na rodovia foi fator determinante para o acidente.

O direito de segurança do usuário está inserido no serviço público concedido, havendo presunção de que a concessionária assumiu todas as atividades e responsabilidades inerentes ao seu mister, afirmou relator do caso.

No mesmo julgamento, o colegiado destacou que o entendimento é válido tanto para a concessionária de serviço público quanto para o Estado, diretamente pois a jurisprudência do STJ reconhece a responsabilidade do Estado em situações similares, de modo que seria conferir tratamento diferenciado à concessionária o fato de não lhe atribuir responsabilidade no caso em tela.

Por exemplo, a quebra do dever de sinalizar e iluminar adequadamente a via pública gera uma indenização objetiva, isto é, gera a responsabilidade objetiva, ou seja, independente de culpa, a responsabilidade do causador do dano no caso concreto. (Notícias do STJ).

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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