Em Curitiba, no mês de outubro de 1987, o então vereador Cezar Pelosi, levantou a questão da segurança nos prédios e escolas da cidade.
Reuniram-se as autoridades de urbanismo e o Corpo de Bombeiros para debater o grande número de imóveis sem a adequada segurança e os equipamentos contra incêndios.
Na conta das irregularidades foram 111 prédios intimados, dos quais 20% eram escolas, sem equipamentos e a proteção adequada.
Na época estavam na lista: a Biblioteca Pública do Paraná, a Copel, a Associação Comercial do Paraná, a Riachuelo, o Supermercado Real, dentre outros locais de grande circulação de pessoas.
O vereador Pelosi também pleiteava uma lei municipal para as cargas perigosas, inflamáveis e explosivas em trânsito na cidade.
O resultado foi a rápida adequação de centenas de prédios em Curitiba quanto a equipamentos de prevenção contra incêndios.
O Jornal do Estado do Paraná na edição de 27 de abril de 1988 noticiava arrombamentos em Gabinetes de vereadores e um tiro na janela no gabinete do autor das denúncias de prédios irregulares.
O balaço foi disparado do outro lado da rua no IML (Instituto Médico Legal), e segundo o representante legislativo, passou a um palmo de sua cabeça, perfurando a vidraça do seu recinto.
O noticiário dos jornais deu conta de que o tiro foi disparado de madrugada e foi em decorrência de arruaças e brigas nas casas noturnas do entorno da Câmara Legislativa.
Em resumo, a segurança predial em estabelecimento comercial é fundamental para os consumidores e cidadãos.
A tragédia na Boate Kiss, em janeiro de 2013, comprova que todas as medidas nesse sentido são fundamentais e até as brigadas contra incêndio treinadas com funcionários.
As medidas para se garantir a acessibilidade, a prevenção e a precaução contra sinistros são obrigatórias aos estabelecimentos comerciais ou aos órgãos públicos.
Anos mais tarde, Fábio Moacir Pelosi, filho desse ilustre vereador, foi meu aluno no curso de Direito da UTP, um rapaz dedicado e brilhante.
Fica o registro da luta em prol da segurança ocorrida na década de 1980 que interditou os principais prédios da capital, em benefício dos cidadãos, crianças e estudantes.