A mais de um ano para as eleições municipais, o PT já vive internamente pequenas guerras entre membros pelo direito de indicar candidatos a prefeito em algumas das principais cidades do país.
Em São Paulo há um acordo para o partido não lançar um nome próprio e apoiar Guilherme Boulos (PSOL). No Rio de Janeiro, o PT quer indicar o vice na chapa de Eduardo Paes (PSD), que tentará a reeleição.
O partido sugere o nome de Marcelo Freixo, presidente da Embratur, que na última eleição tentou se eleger governador, mas foi derrotado ainda no primeiro turno por Cláudio Castro (PL).
Freixo, no entanto, enfrenta resistências – não só do diretório do PT no Rio, como também de Paes, que prefere um vice com mais diálogo com o centro e com a direita.
O nome do atual presidente da Embratur surgiu como solução para evitar a disputa quase fratricida que se desenha entre os grupos do deputado federal Washington Quaquá e do atual secretário de Assuntos Federativos do governo federal, André Ceciliano.
Quaquá quer o seu filho, Diego Zeidan, como vice de Paes, enquanto Ceciliano faz campanha para ele próprio ser indicado para a posição. Outros nomes correm por fora.
Dirigentes petistas favoráveis a Freixo defendem que uma chapa com Paes tem capacidade de isolar a esquerda ligada ao PSOL e a direita bolsonarista, além de abrir caminho para uma aliança em 2026 na disputa pelo governo do estado.
A entrada de Freixo em uma pré-campanha em 2024 abriria também o tão sonhado espaço para o Centrão na Embratur, que hoje é comandada pelo ex-deputado.