Tanto ama os livros que bombardeia os amigos com transcrições de autores. Elas vêm no zap zap com o cacoete das letras capitais, recurso exigido para a ênfase no estilo do foro. Ao grande senhor a sua honra: ele nunca perpetra his his ou rs rs nas mensagens.
Por que lembrar um amigo? Ora, porque amigos são “o nosso melhor patrimônio”, como ensinava um outro, o saudoso Ronald Schulman. A certa altura da vida restam poucos amigos, pouco importa como se foram. A quarentena faz compreender o quanto representam em nossa vida.
RK tem sido desses amigos com a clivagem da leitura. Desde a universidade ele chega antes na leitura e nas editoras. Seu cérebro tem o algoritmo que resgata o autor, o título e faz o cruzamento das referências. É um chato, indispensável e adorável.
Nosso doutor ainda tem o vício incurável dos livros de Direito. Recusa admitir que o Direito acabou, trocado pela jurisconveniência. Já avô, com o horizonte cada dia mais próximo, importam os livros que ajudam na compreensão da vida.