A verba fácil da militância da TV Brasil e da blogosfera petista

cem

Já faz um tempo que o jornalista Reinaldo Azevedo recuperou uma velha expressão caipira para falar da quantidade de encrencas criadas pelo governo do PT, que aparecem aos montes conforme a imprensa e o Ministério Público vão procurando, ou melhor, vão dando suas enxadadas. É impressionante o quanto os companheiros aprontaram nesses anos de poder. Mas a cada enxadada vai aparecendo também muito dinheiro. Surge nas perdas terríveis causadas pela incompetência, pela roubalheira, no achaque e na propina. E aparece também na dinheirama que sai dos cofres públicos para os entusiasmados defensores do governo do PT e seu projeto de poder. É um gasto impressionante.

O próprio Reinaldo Azevedo havia revelado no final de maio os salários pagos na TV Brasil, esse elefantaço branco criado pelos petistas. A audiência é um traço, mas é altíssimo o custo para cofres públicos: R$ 1 bilhão por ano. A emissora não tem telespectadores, mas o objetivo da TV Brasil não era propriamente a audiência. O negócio sempre foi o de angariar simpatias. Um desses profissionais da simpatia é Aderbal Freire Filho. Ele andou recentemente organizando atos de apoio a Dilma entre a classe artística e tem na TV Brasil pelo menos um bom motivo para gostar do PT. Fazia na emissora um programa semanal sobre teatro chamado “A Arte do Artista”. Para isso recebia R$ 68 mil mensais. Aderbal é casado com a atriz Marieta Severo, que andou dando um exaltado apoio ao PT no “Domingão do Faustão”.

Outro que ganhava muito bem na TV Brasil é Luis Nassif. Seu programa era também semanal, o “Brasilianas. org” pelo qual faturava anualmente R$ 761 mil, o que dava mais de R$ 63 mil por mês. Ou R$ 15.750 por programa. Já o jornalista Paulo Moreira Leite tinha um contrato anual de R$ 279 mil, para fazer um programa de entrevistas também semanal de nome “Espaço Público”. Todos esses programas eram de pouquíssima produção, como acontecia também com Emir Sader, que mantinha um contrato anual de 182 mil para fazer comentários. Outra comentarista política, Tereza Cruvinel, tinha um contrato anual de 182 mil.

Muito confortável “defender uma causa” desse jeito, não é mesmo? E a mamata na TV Brasil não foi o único caso revelado depois do afastamento de Dilma Rousseff. Nesta terça-feira foi divulgada a previsão de verba anual que seria liberada para blogs e sites que defendem a presidente afastada Dilma Rousseff e servem também para ataques à oposição. São 11 milhões de reais em publicidade de ministérios e estatais, como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O presidente interino, Michel Temer, conseguiu bloquear R$ 8 milhões do montante previsto a ser pago até dezembro. Deixam de receber recursos sites como Diário do Centro do Mundo e Brasil 247, e o blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, além do blog O Cafezinho, o site Pragmatismo Político e o blog de Esmael Moraes, do Paraná. Os contratos na TV Brasil foram rescindidos e foi cortado esse gasto imoral com penas alugadas para bater em adversários e bajular quem paga, usando dinheiro público. O governismo profissional do PT começa a ser eliminado. É um bom começo, que se tiver continuidade pode mudar para melhor a comunicação do Governo Federal.

José Pires|Brasil Limpeza

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.