A Polícia Federal prendeu, neste domingo (24), suspeitos de mandarem matar a vereadora Marielle Franco, em 2018. Foram detidos preventivamente o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão, o deputado federal Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil, que assumiu o cargo na véspera do crime e participou das investigações.
A operação Murder Inc, que conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público do Rio de Janeiro, também realiza 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Entre os alvos estão o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios à época do atentado, e Marcos Antônio de Barros Pinto, que atuava no órgão. Ambos foram afastados dos cargos após decisão do ministro Alexandre de Moraes.
“A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça”, disse a PF em nota.
A operação da PF ocorre após o STF homologar as delações premiadas de Ronnie Lessa, preso em 2019 pela participação nas mortes da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes, e de Élcio de Queiroz, apontado como o autor dos disparos. A PF ainda trabalha para elucidar a motivação do crime.
Os presos, depois de serem ouvidos na sede da PF no Rio, vão ser encaminhados para a Penitenciária Federal de Brasília.