A psicóloga Deuza Avellar é um sucesso. Nascida no Rio de Janeiro, moradora de Curitiba há quase quarenta anos ela tem no currículo duas das principais homenagens da cidade a quem se destaca nos serviços prestados à sociedade curitibana. Esta semana ela teve aprovada na Câmara de Curitiba um título de Cidadania Honorária. Mas, o Plural apurou, já foi homenageada pela Casa outras duas vezes, uma delas com o Prêmio Pablo Neruda de Direitos Humanos.
Concedido a cada dois anos, o Prêmio Pablo Neruda é destinado “a pessoas ou entidades não governamentais que tenham se destacado na luta pelo direito à liberdade ideológica, de credo religioso, de opinião, pela democracia e pela justiça”. Avellar foi homenageada com a honraria em 2014 por iniciativa da então vereadora Carla Pimentel junto a outras dez personalidades e entidades da cidade. Em 2005 ela também recebeu votos de congratulações por iniciativa do vereador Jair Cezar.
Os registros da época não indicam que houve controvérsia na aprovação dessas duas homenagens. Deuza Avellar, porém, é responsável por promover a ideia de que pessoas homossexuais podem ser convertidas em heterossexuais e que a homossexualidade é resultado de trauma, confusão sexual, abuso ou dinâmicas familiares equivocadas.
O projeto que concede a Cidadania Honorária a psicóloga – aprovado em plenário esta semana – já foi enviado ao prefeito Rafael Greca, que pode sancionar ou vetar a proposta. Ao Plural, a assessoria de Greca disse que o texto ainda não chegou a prefeitura e que, uma vez lá, será submetido à análise da Assessoria de Direitos Humanos.