A representante brasileira fez parte de um “amici curiae”, um instrumento para submeter ao tribunal sua opinião em relação ao tema sob debate. A decisão emitida na sexta-feira e que desmonta 50 anos de flexibilidade para o aborto nos EUA foi amplamente comemorada pelo bolsonarismo, enquanto o governo brasileiro assumiu a tarefa de promover a agenda antiaborto no mundo.
A secretária assinou o documento que defendia a revisão ao lado de 141 acadêmicos – alguns dos quais brasileiros – que submeteram à corte sua opinião. O cargo oficial de Gandra no governo não é citado no informe. Mas, para observadores, a decisão da brasileira de participar do grupo demonstra a aliança que existe entre o movimento ultraconservador brasileiro e o grupo nos EUA que pressionou por uma mudança na lei americana.