O ministro Abraham Weintraub ficou em silêncio em seu depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira. Dizem que em combinação com o Planalto ele optou por não falar nada. O assunto é a ameaça feita naquela famosa reunião, quando afirmou: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.
O ministro resolveu fazer uso do direito constitucional de ficar calado, um direito que, cá pra nós, ele deveria usar mais vezes no dia a dia de Brasília, pois assim daria mais tranquilidade ao país. Já basta o Bolsonaro azucrinando o Brasil todos os dias.
Bem, de qualquer modo, foi uma decisão sensata fechar o bico. Um desenvolvimento do assunto poderia trazer mais complicações, tratando-se do inacreditável ministro da Educação, que se expressa de forma tão destrambelhada que é capaz de arrumar encrenca com a comunidade judia e até com o governo de Israel quando presta uma simples solidariedade a conhecidos seus visitados pela polícia em busca de provas sobre fake news.
O ministro parece uma derivação daquele outro bagunceiro, o animador de auditório Chacrinha, que entrava em cena dizendo de forma professoral: “Eu não vim aqui para explicar, eu vim aqui para confundir”. Com Weintraub a lição é ampliada: quando ele explica confunde ainda mais.