Acróstico caótico para Juraci Pires de Camargo

Retícula sobre foto de Gusravo Rayel Jr.

Jigante pela própria natureza
Unânime é impávido colosso
Refulge em seu futuro essa grandeza
A glória de ter saído do fundo do poço
Comilão como convém a quem pensa
Indulgente quando a carne é de pescoço

Porém se o apetite lhe é penoso
Investe com tamanha sutileza
Reclamando uma porção de tremoços
Enquanto, incrédulo, balança a cabeça
Senhor de si, do jantar e do almoço

(Difícil iludir sua balança
Estes quilos não o mostram mais tão moço)

Claro, quando o prato é uma beleza
Apetite voraz não consulta bolso
Mandando ver rápido pra mesa
Acepipes com e sem caroço
Rosbife, rabada e calabresa
Gnocchi, vitela e audacioso
Orgulho de quem não recusa sobremesa

Curitiba|25|5|1990 – Turma da Umuarama Publicidade

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria e marcada com a tag . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Uma resposta a Acróstico caótico para Juraci Pires de Camargo

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.