Quero informar a meus leitores que não uso maconha, drogas, não tomo remédio tarja preta e não escrevo sob efeito de qualquer aditivo extra, de modo que este artigo é produzido à luz da minha razão e lucidez… Começo por dizer que a Lava Jato foi longe demais, ou melhor, foi além de tudo aquilo que os corruptos jamais imaginaram ou desejaram que ela fosse.
Por isso mesmo. ela passou a enfrentar, velada ou expressa com todas as letras, fortíssima oposição nos três poderes da República (Legislativo, Executivo e Judiciário) e também em vários segmentos da imprensa e em inúmeros canais da internet.
Eu não tenho mais nenhuma dúvida que há uma conspiração no ar e que as forças corruptas e corruptoras se juntaram e se articulam para golpear a Lava Jato e toda e qualquer iniciativa com pretensões de combater a corrupção. Toda atenção será pouca: as forças da corrupção não vão querer perder a grande oportunidade de atingir seu intento num ano eleitoral.
URNAS ELETRÔNICAS
Qual será o instrumento delas? Simples e óbvio: vão usar as urnas eletrônicas! Antes de expor meus argumentos, falo de algo que tem me deixado perplexo: a desinformação que ainda reina soberana entre jornalistas, alguns famosos, como Vera Magalhães, que ainda hoje (17-09) fez críticas pesadas a Jair Bolsonaro por suas preocupações, manifestas no leito hospitalar, com a fraude que certamente virá pelas urnas eletrônicas.
É incrível como muitas pessoas, sobretudo os profissionais da informação, não sabem aproveitar sequer um décimo do manancial jornalístico extraordinário da internet.
Quem faz um aproveitamento razoável e criterioso dele, como eu, sabe dizer com certeza que a fraude foi preparada sim e deve ser acionada para favorecer o candidato a presidente mais comprometido com o golpe à Lava Jato e com a libertação e o indulto de sentenciados, a começar pelo Ladrão-Mor, preso em Curitiba.
SEI APROVEITAR O MANANCIAL
Por que esta minha certeza? Porque pesquisei muito o assunto “urnas eletrônicas” e descobri coisas assustadoras e chocantes!
Vi o esforço hercúleo do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, para comprar 70 mil urnas da venezuelana Smartmatic, seja “ajeitando” uma licitação para que ela vencesse, seja entregando a ela, sem nenhuma necessidade, a criptografia de todo o sistema eleitoral brasileiro, mesmo sabendo, é claro, que os três “donos” da empresa são estrangeiros e, portanto, não submetidos às leis brasileiras do sigilo contratual…
E o TSE fez mais: inventou todo um roteiro de testes por especialistas para “provar” que as urnas eletrônicas são seguras e não fez absolutamente nada com a denúncia do professor Diego de Freitas Aranha, da Unicamp, que testou e reprovou as urnas eletrônicas, tanto as da Smartmatic (70 mil) quanto as da americana Diebold (530 mil)… ”Sim, podem ser violadas”, disse Diego Aranha.
EMPRESAS DE FICHA SUJA
O TSE com certeza também sequer pesquisou a idoneidade das duas fornecedoras das 600 mil urnas que serão usadas nestas eleições, empresas com péssima imagem no mercado mundial de produtos eletrônicos e que enfrentam processos por fraude e sonegação fiscal nos EUA.
Descobri também que uma vez compradas e instaladas, as urnas não se submetem a nenhum tipo de auditoria porque os chips nelas implantados dispõem de inteligência para esconder a fraude ao primeiro sinal de que uma auditoria foi iniciada.
Descubro também, pasmo, que o Senado Federal, que dispõe de todo um roteiro claro, didático, do passo a passo da fraude, fornecido pelos melhores especialistas do Brasil em segurança eletrônica, se omitiu permitindo que o Supremo Tribunal Federal – STF – derrubasse ainda em maio a lei do voto impresso.
NEM O EXÉRCITO IMPEDIU
Outra descoberta de arrepiar é que nem o Exército Brasileiro conhece, tecnicamente, a capacidade das urnas eletrônicas em se tornar autônomas e ser permeáveis a qualquer tipo de auditoria.
Ainda há poucas semanas o general Edson Leal Pujol, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, deu entrevista para desmentir a notícia de que sua instituição iria fiscalizar as urnas eletrônicas. Ele informou que o papel do Exército é apenas garantir que o pleito seja realizado com tranquilidade.
Não deve saber, portanto, que por trás da ordem aparente será praticado o maior crime contra a democracia brasileira, com a destruição do valor sagrado do voto…
Logo após a incontroversa declaração de Jair Bolsonaro sobre a ameaça de fraude via urnas eletrônicas, ainda não se sabe por qual razão, seu vice na chapa, o general Hamilton Mourão, pediu que a declaração fosse relevada, enquanto o candidato Fernandinho Beira Haddad cobrou providência do TSE contra as declarações como se quem as fez não soubesse o que dizia.
Sabe sim, tanto que a lei que instituía o voto impresso em 2015 – e derrubada em maio de 2018 – é de autoria de Jair Bolsonaro… A anedota do dia em torno do mesmo assunto veio do novo presidente do STF – logo ele – Dias Toffoli afirmando que as urnas eletrônicas são “confiáveis” – só não disse para quem…