As críticas são direcionadas à articulação política, mas também aos líderes petistas que querem protagonizar as solenidades ao lado de Lula ou de ministros que sequer são do PT.
Um exemplo ocorreu recentemente no Ceará, onde Lula foi lançar o Programa Escolas de Tempo Integral. Com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), o palanque não recebeu lideranças locais, como os deputados Eunício Oliveira (MDB) e Célio Studart (PSD).
“Nem tudo se trata de cargo ou emenda. Às vezes, é a participação. Muitos deputados, especialmente dessa nova legislatura, são deputados de pautas, não são necessariamente daquele modelo de voto de máquina, que precisa de emenda. Às vezes [basta] o gesto de convidar para participar, de convidar para fazer parte de algo”, diz Studart ao Bastidor.
A relação do governo com o Congresso tem sido turbulenta. Os acenos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a Lula não são considerados um sinal de paz, mas um cessar-fogo em meio a desconfianças de ambos os lados.
O próprio Lira reclamou do ministro da Justiça, Flávio Dino, que foi a Alagoas e não convidou o presidente da Câmara para o evento. No estado, o governo tem maior proximidade com a família Calheiros, rival do deputado.