A pressão que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sofre de partidos do Centrão que defendem sua troca por alguém mais político, obviamente não é bem vista em parte de órgãos como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
A avaliação geral é que a ministra faz um bem-sucedido trabalho na recuperação da gestão do SUS (Sistema Único de Saúde), que envolve os governos federal, estadual e municipal.
No governo, o que se diz é que a pressão de parlamentares do Centrão tem alguma força porque falta ao ministério um programa que dê uma marca à pasta. Usam como exemplo o Mais Médicos, concebido quando o ministro era Alexandre Padilha. Um programa com a mesma repercussão faria arrefecer os ataques que Nísia sofre.
Como mostrou o Bastidor, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez chegar ao governo que a ministra deveria ser substituída por alguém indicado por ele, com aval de Republicanos, União Brasil e PSDB. Em troca, o governo governo teria uma base mais forte no Congresso. O deputado e colegas já mencionaram dois nomes: a médica Ludhmila Hajjar e o ex-deputado Dr. Luizinho.
Aliados de Lira dizem que na Saúde sobram decisões técnicas, mas falta sensibilidade política para atender às demandas de parlamentares ávidos por nacos do orçamento de R$ 183 bilhões.