Alto Astral

Encontro em Conservatória: Oscar Maron (videomaker), Carlos Manga (o diretor), Toninho Vaz (com O Rei do Cinema na mão) e, agachado, Luiz Henrique Severiano Ribeiro (bisneto do Rei do Cinema). Foto de André Severiano Ribeiro.


Em meio a um bosque de bambus, o mini-cinema Centímetro, com 60 lugares, parece uma visão lisérgica do original. Foto de Oscar Maron.

Conservatória (vocês não têm a obrigação de saber) é considerada a cidade da seresta, de hábitos musicais, onde se respira melodias entre bolinhas de sabão e solfejos. Fica a 160 quilômetros do Rio, serra acima, no sentido de Vassouras e Valença (terra da Rosinha de Valença).

Antes de sair do Rio ouvi meu amigo Roberto Bonfim pelo telefone:

“Você vai gostar do lugar. Fiz duas novelas de épocas na Globo que tinham Conservatória como cenário. Tudo muito tranqüilo.”

Duas coisas são marcantes e folclóricas em Conservatória: a música presente em todos os lugares e a quantidade de cachorros de rua que não são, na verdade, tratados como cachorros de rua. (Todos são donos dos cachorros, todos cuidam. Cachorro aqui é “personalidade” de respeito.).

Na sexta, uma das atrações do Festival foi a noite de autógrafos do meu livro, O Rei do Cinema, com a presença da família do biografado e de Carlos Manga, autor do prefácio e homenageado do Festival. Foi no cine Centímetro, uma réplica em tamanho menor (rs) do Metro da Tijuca. Com a fachada iluminada, parece uma visão cromática de Klaus Kinski na Amazônia… Resultado da noite: mais de 150 livros assinados. Na fila dos autógrafos, Roberto Faria, Kate Lira, Hugo Carvana, Martha Alencar, Felipe Cerquize… Frio de serra, birita rolando… Bons ventos.

Aliás, estamos a 560 metros acima do nível do mar e a sensação de ar puro é agradável.

Vou sair para dar uma volta, a primeira, pela cidade musical. Vou sem os fones nos ouvidos, assoviando uma melodia casual, para ver o que acontece quando o som é natural.

Toninho Vaz, de Conservatória.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.