Ambrosia, aqui me tens de recesso
Com adoçante te peço
A minha nova ingestão
Voltei, pra comer doce antigo que um dia
Me obriguei a controlar glicemia
Me assanha um apetite glutão
Ambrosia, sabendo que a evitei bastante
Essa gente vigilante
Vai agora infernizar
Ele voltou, o glicêmico voltou vorazmente
Seguiu dieta obediente
Por que ração quer trocar?
Acontece que a colher que nutriu meu corpinho
De doçura, gulodice e creminho
Sendo a preferida do meu coração
Se encheu, me tentou, insistindo em servir
Meu amor você pode engolir
Não esqueça mais uma porção
Vá comer seus doces aos montes, cassatas
Salivar com sobremesas insensatas
E abocanhar uns quindins conventais
Coma agora, essa festa tem bolo, iguarias
Bom saber que depois da ambrosia
É de pudim que você gosta mais…
A Volta do Boêmio / Nelson Gonçalves
Boemia, aqui me tens de regresso
e suplicante te peço
a minha nova inscrição
Voltei, pra rever os amigos que um dia
eu deixei a chorar de alegria,
me acompanha o meu violão
Boemia, sabendo que andei distante
sei que essa gente falante
vai agora ironizar
Ele voltou, o boêmio voltou novamente
partiu daqui tão contente
por que razão quer voltar?
Acontece, que a mulher que floriu meu caminho
de ternura, meiguice e carinho,
sendo a vida do meu coração
Compreendeu, e abraçou-me dizendo a sorrir:
meu amor você pode partir,
não esqueça o seu violão
Vá rever, os seus rios, seus montes, cascatas,
vá sonhar em novas serenatas
e abraçar seus amigos leais
Vá embora, pois me resta o consolo e a alegria
de saber que depois da boemia
é de mim que você gosta mais
De um+ diabético para outro,
por essa data querida:
79 anos de vida, 42 de amizade.
Procedência
Restaurante Ratskeller
Data de fabricação
26/setembro/2015
Prazo de validade
Três meses