Depois da repercussão negativa pela imprensa, nas redes sociais e junto à sociedade, a Prefeitura de Apucarana rescindiu o contrato de R$ 48 mil que havia sido firmado com o desenhista e chargista Lúcio Oliveira, criador do personagem Edibar que é publicado em tirinhas de jornais. O personagem seria usado como garoto-propaganda das ações da administração municipal nas mídias eletrônicas e impressas.
O extrato de rescisão amigável entre a Prefeitura e a empresa de responsabilidade do chargista foi publicado nesta sexta-feira no órgão oficial do Município.
Considerado um personagem que tem como características o alcoolismo, o machismo e a misoginia, além de ser fanfarrão, Edibar seria utilizado na divulgação de obras, programas e serviços da municipalidade.
Essa proposta da administração municipal, no entanto, gerou polêmica nos mais diferentes setores da comunidade, inclusive sendo objeto de discussão na Câmara de Vereadores na sessão ordinária da última terça-feira. A preocupação é que a utilização do personagem Edibar na divulgação de ações do Poder Executivo poderia prejudicar a imagem do Município, além de atrapalhar projetos de entidades que trabalham na recuperação de alcoólatras.
O vereador Moisés Tavares Domingos (Cidadania) protocolou na Câmara de Apucarana requerimento pedindo informações à Prefeitura e à Secretaria Municipal de Comunicação sobre o conteúdo do contrato e sua formalização. Ele, inclusive, queria que o requerimento fosse votado em regime de urgência na última sessão, porém seu pedido foi rejeitado por 6 votos a 3.
Procurado, o secretário de Comunicação da Prefeitura, jornalista Maurício Borges, informou que contrato com a empresa Ana Gisele Franca Amorim, de responsabilidade do chargista Lúcio Oliveira, visando a produção de artes para redes sociais, foi rescindido em mútuo acordo com a empresa. Ele informa ainda que está em estudo o desenvolvimento de um personagem próprio de Apucarana.
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