Mas fica o arrependimento de não ir até o fim: ser mestre ajuda no currículo e no cartão de visitas. Portanto, assumo a frustração de não ter chegado ao fim, que deixa o amargor do fracasso. Porém tem uma parte do mestrado que me ajuda na vida, a da metodologia, ciência sobre como estudar, aprender e repassar o aprendido, seja no curso, seja na vida.
Só aproveitei essa parte, que no entanto virou neurose: foi a proporção no texto, mistura de simetria e congruência. Ou seja, o texto não pode se estender por dezenas de linhas em algumas partes e tornar-se telegráfico em outras; a congruência é o simples complicado, de fazer com que o pé conjumine com a cabeça sob a mediação de corpo e membros.
A metodologia do texto no mestrado é facilita a vida dos membros da banca examinadora. Na vida, o mestrado facilita a vida do leitor, qualquer um, para seduzi-lo e interessá-lo. Falei da neurose da simetria. É isso mesmo. Estou agoniado para terminar este texto sem alongá-lo e sem cair em repetições e redundâncias.
A neurose agrava-se e vira obsessão pela simetria, a de que os parágrafos tenham o mesmo número de linhas. No português torna-se tormento, porque a língua não é como o inglês, onde preponderam vocábulos de uma ou duas sílabas. Exemplo: vou encher esta tripinha dispensável pra fechar a simetria e aplacar a neurose.