Em artigo publicada neste domingo (14) no jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-L), isentou Jair Bolsonaro de responsabilidade pelo morticínio da pandemia de Covid-19. “Não adianta apontarmos os dedos uns aos outros para acusar quem é o culpado pela pandemia”, disse o parlamentar, eleito para a presidência da Casa, Arthur Lira mostra a que veio e isenta Bolsonaro de culpa no morticínio da pandemiam o apoio de Bolsonaro.
O Brasil está com média móvel de mortes por Covid acima de mil por dia há três semanas e a vacinação no país está uma bagunça, segundo o médico Drauzio Varella. Para ele, Bolsonaro entregou o MInistério da Saúde ao general Pazuello e um bando de amadores. Há ações contra o genocídio brasileiro e contra Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional. Brasil aproxima-se dos 240 mil mortos e 10 milhões de infectados nos registros oficiais, todos subnotificados.
De acordo com Lira, “na ‘narrativa’ preponderante, o negacionismo teria apenas um significado: uma cruzada entre os defensores da ‘ciência’ e os ‘opositores’ a essa linha no combate à pandemia”. “Na verdade, a meu ver, uma exacerbação, posto que renegar a ciência é incabível e a vacina está aí para demonstrar”, disse.
Bolsonaro já violou em diversas ocasiões as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao sair às ruas sem máscaras e estimular aglomerações. Também fez discursos contra o isolamento social e, mesmo não sendo médico, sugeriu à população medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento contra a Covid-19.
No texto, Lira aproveitou para cutucar o deputado Rodrigo Maia (RJ), que presidia a Câmara. “O fato é que passamos o ano de 2020 num negacionismo parlamentar, com a Câmara dos Deputados, sobretudo, negando-se a dar encaminhamento às votações que a sociedade brasileira espera”, afirmou.
“E as primeiras semanas da nova legislatura mostram que deputados e senadores conseguiram finalmente fazer valer sua vontade, baniram o negacionismo da paralisia legislativa e a pauta do Brasil voltou a caminhar”, acrescentou.