Artistas gráficos de Curitiba são tema do jornal Cândido

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A tradição gráfica de Curitiba é o tema de capa da 59ª edição do jornal Cândido, publicado pela Biblioteca Pública do Paraná. O jornal traça um panorama com os principais nomes das artes gráficas curitibana, que ajudaram a cidade a ser celebrada pelas publicações culturais desde a fundação jornal Dezenove de Dezembro, em 1854, considerado o marco zero da imprensa paranaense.

Além da trajetória pessoal de artistas — de Alceu Chichorro a Poty Lazzarotto, de Rogério Dias a Rettamozo —, a reportagem resgata a história de diversos jornais (Nicolau), revistas (Maria erótica) e iniciativas, como a Gibiteca de Curitiba e editora Grafipar, que nos anos 1970 se tornou referência nacional ao publicar quadrinhos que misturavam erotismo com outros gêneros, como terror, ficção científica, folclore e policial.

O especial ainda apresenta um perfil de Cláudio Seto, um dos mitos do desenho em Curitiba. Multiartista, Seto trabalhou em diversas redações de jornais na cidade, além de ter contribuído de forma decisiva para o sucesso da Grafipar. É creditada a ele também uma inusitada mistura entre o mangá e o quadrinho tipicamente brasileiro, que resultou em um desenho muito singular. Luiz Solda, outro nome fundamental da história gráfica de Curitiba, assina a capa da edição.

Outros conteúdos

Entre os outros conteúdos do Cândido, destaque para texto de Miguel Sanches Neto, que diretamente de Portugal, onde mora atualmente, relembra o convívio que teve com o escritor catarinense Salim Miguel, morto no último mês de abril, aos 92 anos.

Já o autor curitibano Antonio Cescatto publica ensaio sobre a obra de Karl Ove Knausgaard. Fenômeno mundial, o norueguês é autor da série de romance autobiográficos “Minha Luta”. Após cancelar sua presença em anos anteriores na Festa Literária Internacional de Paraty, o escritor está confirmado no evento que tem início no final deste mês.

Os 70 anos da publicação de Sagarana são lembrados em reportagem especial de Marcio Renato dos Santos. O jornalista ouviu alguns dos maiores especialistas na obra de João Guimarães Rosa, como o professor da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Roncari, para explicar por que o livro de contos do escritor mineiro é um marco na literatura brasileira.

Entre os inéditos, destaque para os poemas do paranaense Sérgio Viralobos e do baiano Ruy Espinheira Filho.

Serviço: O Cândido tem tiragem mensal de 10 mil exemplares e é distribuído gratuitamente na Biblioteca Pública do Paraná e em diversos pontos de cultura de Curitiba. O jornal também circula em todas as bibliotecas públicas e escolas de ensino médio do Estado. É enviado, via correio, para assinantes a diversas partes do Brasil. É possível ler a versão online do jornal em www.candido.bpp.pr.gov.br. O site também traz conteúdo exclusivo, como entrevistas, vídeos e inéditos.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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