Bom dia, do Plural Curitiba

Hoje, quarta, 8 de novembro. Última semana que essa newsletter segue também para quem não é assinante. Ui. Corre aqui e assina que tá barateza.

As armas abençoadas e suas vítimas

Todo mundo lembra quando o prefeito Rafael Greca posou com as armas novas da Guarda Municipal numa estranha cerimônia de bênção de pistolas. A gente chiou, claro, e muita gente boa também achou absurdo. Parecia uma cruzada das santas armas contra… Contra quem mesmo?

Ontem mais uma vez vimos uma dessas armas entrando em ação e tirando uma vida. De quem? De um morador de rua que, segundo o relato da Prefeitura, teria iniciado um tumulto num abrigo no Rebouças. O Guarda, armado e supostamente treinado, só conseguiu conter o homem, desarmado, atirando nele. Atirando para matar.

A repórter Cecília Zarpelon já tinha mostrado em julho que a GM curitibana tinha 15 mortes nas costas desde 2015. Algumas de gente nitidamente inocente, como o garoto de 17 anos que morreu à toa e depois ainda foi difamado pelos guardas, que admitiram ter plantado uma arma branca ao lado do cadáver.

Quem precisa de água benta não é o prefeito, que está em segurança, muito menos as armas da Guarda. Quem precisa de proteção divina é quem entra na mira da Guarda.

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Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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