Assembleia Legislativa e a lembrança do camburão

Ruth Bolognese – ContraPonto

O evento mais simbólico – e que a Assembleia Legislativa do Paraná daria uma verba de representação para esquecer – foi o do camburão da PM levando deputados para votar no início do segundo governo Beto Richa. Imagem inédita e histórica de parlamentares dando as costas para o povo que os elegeu.

Hoje, as nobres excelências estão numa situação semelhante, guardadas as devidas proporções:

1) Se votar um projeto de reajuste salarial só para os funcionários públicos do executivo, deixa de lado o judiciário, ministério público e o tribunal de contas. No caso, cada deputado sabe onde lhe doem os calos;
2) Se a Casa decidir esquecer o executivo e privilegiar a nata do funcionalismo, pode ser que passe a requisitar mais camburão para chegar no prédio do que viagens da Uber.

É bom lembrar que o mesmo vale para a governadora-candidata, Cida Borghetti, que enviará o projeto de reajuste para a Assembleia solicitando reajuste amplo, geral e irrestrito ou necas de pitibiriba.

Como se diz aqui em Paraíso do Norte, a rapadura é doce, mas não é mole não.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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