O evento mais simbólico – e que a Assembleia Legislativa do Paraná daria uma verba de representação para esquecer – foi o do camburão da PM levando deputados para votar no início do segundo governo Beto Richa. Imagem inédita e histórica de parlamentares dando as costas para o povo que os elegeu.
Hoje, as nobres excelências estão numa situação semelhante, guardadas as devidas proporções:
1) Se votar um projeto de reajuste salarial só para os funcionários públicos do executivo, deixa de lado o judiciário, ministério público e o tribunal de contas. No caso, cada deputado sabe onde lhe doem os calos;
2) Se a Casa decidir esquecer o executivo e privilegiar a nata do funcionalismo, pode ser que passe a requisitar mais camburão para chegar no prédio do que viagens da Uber.
É bom lembrar que o mesmo vale para a governadora-candidata, Cida Borghetti, que enviará o projeto de reajuste para a Assembleia solicitando reajuste amplo, geral e irrestrito ou necas de pitibiriba.
Como se diz aqui em Paraíso do Norte, a rapadura é doce, mas não é mole não.