Até o PT reclama

A insatisfação com o governo federal vai além dos partidos aliados que esperam a nomeação de indicados para estatais e a liberação de verbas.

O próprio PT, em especial senadores e deputados de menor expressão, não poupa a articulação política de críticas.

Os alvos são quase sempre os mesmos: os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja.

“Quem não tem a benção dela, o Lula não recebe”, disse ao Bastidor um petista.

As críticas alcançam ainda os líderes do partido e do governo no Senado, Fabiano Contarato e Jaques Wagner. O primeiro por se manifestar pouco publicamente sobre questões caras ao partido e o segundo por alguns vacilos, como a não atuação na articulação na CPI das ONGs, onde a oposição é maioria.

Há, também, reclamações em relação a indicações a cargos de segundo e terceiro escalões em órgãos públicos e empresas estatais.

Um exemplo sempre citado é o dos Correios. Comandada por Fabiano Silva, ligado ao grupo Prerrogativas, próximo do PT, a empresa tem cargos nas mãos do Centrão, já que vinculada ao Ministério das Comunicações, de Juscelino Filho (União Brasil-MA). “Está uma bagunça”, disse ao Bastidor um petista sobre a estatal. 

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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